Após ter causado polêmica na convenção CinemaCon com a exibição de cenas de “O Hobbit”, o diretor Peter Jackson veio a público defender sua escolha por filmar a produção com câmeras que registram 48 quadros por segundo, o dobro da velocidade das câmeras normais. A tecnologia revolucionária gerou sensação de estranheza entre os espectadores do evento. Mas o cineasta não se diz surpreso, pois trata-se de “algo novo e diferente”, e concorda que “leva um tempo para se acostumar” com a velocidade dos frames, capaz de passar mais realismo nas cenas filmadas.

É por conta disso que Jackson não deve investir no lançamento de um trailer a 48 frames por segundo: “Particularmente, não defendo um trailer a 48 fps, porque em 2 minutos e meio não dá tempo para sentir a qualidade imersiva da tecnologia”, explicou.
O cineasta anunciou ainda que deve aprimorar a tecnologia até o lançamento do filme, no final do ano: “Certamente iremos experimentar técnicas diferentes de acabamento para deixar o 48 fps mais orgânico. Mas os trabalhos não vão começar sem antes finalizarmos as filmagens principais em julho”, completou.
Por fim, Jackson comentou que a tecnologia deve “evoluir” e se tornar padrão no futuro do cinema – assim como o 3D. “A indústria cinematográfica passa por alguns problemas. Crianças assistem filmes em seus iPads e acham que está tudo ok. Defender o formato convencional [24 fps] é um pensamento limitado, principalmente quando a indústria está enfrentando declínio de audiência. Temos que encontrar maneiras de fazer filmes mais vibrantes, de envolver mais o público, algo que encoraje as pessoas a irem aos cinemas”. Ironicamente, as críticas feitas à projeção é que ela lembrava um filme feito para a TV de alta definição.
O Hobbit” foi dividido em duas partes e a primeira chega aos cinemas em 14 de dezembro.
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