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Críticas

Sombras da Noite
O cineasta Tim Burton é reconhecido por sua estética sombria, divertida e por sua parceria com o ator Johnny Depp. Em "Sombras da Noite", sua nova produção, conta a história de um vampiro - interpretado por Depp - , que depois de 200 anos enterrado volta ao lar que sua família "construiu com sangue". No elenco: Michelle Pfeifer,Chloë Grace MoretzHelena Bonham Carter, Eva Green Alice Cooper (como ele mesmo).

Com uma direção de arte e fotografia típica de Burton, esta produção é o seu reflexo; reafirmando sua posição como diretor de assinatura. O filme inicia no século 18, narrando a história de Barnabas Collins (Depp), como ele ganhou sua forma vampiresca. Uma contação que poderia ter sido evitada, uma vez que no decorrer da trama os espectadores conhecem a origem dos personagens. Tal narrativa inicial quebra com possíveis segredos e revelações. Se não fosse pela abertura, o longa seria mais interessante e misterioso. Mesmo assim, podemos extrair humor e as peculiaridades específicas de Burton.
Em 1972, Barnabas é encontrado e dá início à revitalização do nome da família, bem como os negócios. Daí a história ganha o humor "deppiano", revelando o contraste dos séculos. Em plena década de 70, a arte e o comportamento dos personagens são explorados, assim como a trilha sonora. Burton conta ainda com um casting talentoso, que imprimem a não importância do cineasta na direção de atores e sim na configuração da misen-èn-scene. Os personagens têm claras referências de outras produções do cineasta. Depp é Depp, mas com referências de outro personagem do longa ED WOOD (de Burton) e resquícios de outros personagens seus. O personagem caiu como uma luva para Depp, mas isto não o torna genial. Barnabas poderia ter sido interpretado por qualquer outro ator, com competência igual ou melhor.
Eva Green revela um lado cômico e vilanesco com sua Angelique, que é claramente inspirada na personagem Vampira (de Maila Syrjäniemi). Seus figurinos e trejeitos lembram a tal personagem - que pode ser vista nos filmes de ED WOOD-. Chloë Moretz prova seu talento, como a adolescente da família. A jovem atriz é uma das melhores de sua geração e está deixando sua veterana Dakota Fanning para trás. A versatilidade e suas boas escolhas de papéis provam que ela ainda vai crescer muito.
Mesmo sendo um longa com personagens interessantes, a trama esbarra em esquinas já visitadas pelo diretor; mas ainda assim continua sendo intrigante. Este parece ser um reboot de todos os filmes e referências do cineasta (como Ed Wood - demasiado citado nesta resenha, Os fantasmas se divertemA Morte Lhe Cai Bem,Edward Mãos de Tesoura...). Sombras da Noite é um grande revival do cinema burtoniano e brinca com a comicidade do gênero terror


Crítica por: Thais Nepomuceno
Madagascar 3 - Os Procurados
Em 2005, recém-saída do sucesso absoluto de ‘Shrek’, a DreamWorks começou a investir em animações que não agradassem somente as crianças, mas também os adultos que as acompanhavam. Era a linha inteligente de pensamento da Pixar, mas ainda muito aquém da concorrente.

Com o tempo, a DreamWorks foi se consolidando em animações, ora sucessos, ora fracassos. Depois de afundar a franquia ‘Shrek’ com dois filmes sofridos, o estúdio começou a procurar novas soluções, como dar sequência à sua outra franquia de sucesso: ‘Madagascar’.
E acertou em cheio. O diretor e roteirista Eric Darnell conseguiu criar uma história inteligente para reunir mais uma vez o leão, a girafa, a zebra e a hipopótamo.
Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Gloria (Jada Pinkett Smith) e Melman (David Schwimmer) estão decididos a voltar para o Zoológico do Central Park em Nova Iorque. Deixando a África para trás, eles pegam um desvio e emergem, literalmente, na Europa — em uma caça aos pinguins e chimpanzés que quebraram a banca de um cassino de Monte Carlo. Logo os animais são descobertos pela obstinada agente de controle de animais Francesa, Capitão Chantel DuBois (Frances McDormand), que não gosta de animais de zoológico andando pela sua cidade e está entusiasmada pela ideia de caçar seu primeiro leão! Os animais encontram o esconderijo ideal em um circo itinerante, onde bolam um plano para erguer o circo, descobrir alguns novos talentos e voltar pra Nova Iorque com vida.
O quarteto principal consegue novamente conquistar o público, mas o destaque vai para as novas adições e os coadjuvantes.
Quem rouba todas as cenas, novamente, é o Rei Julien - na voz de Sacha Baron Cohen no original, e do brilhante Guilherme Briggs na versão dublada. Sua história é traçada paralelamente à trama principal, e é a melhor: ele se apaixona pela ursa Sonya, uma "top-model" fofa e peluda, que conquista o público sem ter sequer uma fala. Todas as cenas que a dupla aparece são esplêndidas.
Os coadjuvantes seguem roubando a cena nos cassinos de Monte Carlo, onde os pinguins e chimpanzés bolam um plano mirabolante para enriquecerem, que acaba não dando certo e servindo como desculpa para uma grande cena de ação com belíssimas paisagens.
Das novas adições, destaca-se o fofo leão marinho Stefano – que não sabe pronunciar nomes direito – e a vilã cantora DuBois – apresentada em um número musical de tirar o fôlego com Non, Je Ne Regrette Rien.
A história se encerra com uma lição de moral – como de praxe – sobre o verdadeiro lar. E é claro, não poderia faltar a canção ‘Eu me Remexo Muito’, agora ainda mais dançante e com um toque circense – Afro circo.
Avançando na qualidade em relação aos dois filmes anteriores, ‘Madagascar 3 – Os Procurados’ é um filme para toda a família, que vai fazer rir da menor criança ao adulto mais mal-humorado. Assista em 3D!
Crítica por: Renato Marafon

Prometheus

Qual o nosso propósito? Qual a nossa origem? Pensando nessa e em outras respostas, chega aos cinemas no próximo dia 15 de junho, o novo trabalho de Ridley Scott, 'Prometheus'. Inserido até o último suspiro no gênero sci-fi, o longa futurístico conta a saga de cientistas em busca de respostas para a humanidade.

Recheado de figuras esquisitas marombadas, gosmas melequentas e robôs que usam chinelo de dedo, a fita tem seu grande ponto positivo no roteiro inteligente e bem bolado que deixa qualquer cinéfilo feliz, claro.
Na trama, somos apresentados a uma equipe de exploradores que descobrem uma pista para a seguinte questão: a origem da humanidade na Terra! Isso acaba os levando a uma aventura interplanetária nos lugares mais complexos que habitam o universo. Chegando em seu destino, os tripulantes da "Prometheus" terão que enfrentar uma batalha cruel e dolorosa para tentar salvar o futuro da raça humana.
Já em seu início, “Prometheus” prometia. Tomando uma batida de maracujá incandescente, um ser de outro planeta colocava o espectador para pensar logo na primeira sequência. Será que aquela cena explicaria alguma coisa mais pra frente? O filme consegue exercer esse poder, o da ‘informação vital’ para o entendimento. Se você se afastar da história em algum momento, pensamentos esquisitos irão navegar em sua mente.
Alguns pontos interessantes são levantados pela história. O ser ‘mãe’, a curiosidade humana (em relação à evolução) contra a aceitação religiosa, a interação entre seres artificiais e os humanos, entre muitas outras questões. No caso desse filme, uma exceção à regra, não escreverei a fundo em relação a esses detalhes, pois, certamente spoilers virão e estragarão a sua surpresa.
Para ajudar a contar essa história, o competente diretor chamou uma equipe de peso. Encabeçando a lista, no papel principal, Noomi Rapace, que após esse bom trabalho consolida de vez seus pés em Hollywood. Charlize Theron (cada vez mais parecida com a atriz Abbie Cornish), adotando um jeito “robótico vilanesca” cumpre com méritos sua função para com a história. Logan Marshall-Green, o sósia do Tom Hardy, deixa o público um pouco perdido com as variações de seu personagem, mas não compromete nos principais momentos da trama.
Mas, novamente esse ano, o show é do alemão! Michael Fassbender interpreta um ser bem peculiar e executa perfeitamente as características “humanas” que há nele. Seu robô David, que quem vos escreve apelidou o mesmo carinhosamente de “robô havaianas”, interage de forma misteriosa com os humanos, às vezes reproduzindo frases de outros filmes ao longo da fita. Quem disse que só os humanos tem memória cinéfila? Resumindo, David é um personagem fundamental para o sucesso da história.
O desfecho do longa é emblemático, então, não corram dos cinemas antes do filme realmente terminar, senão, você perderá a principal cena, e que praticamente consolida uma grande ponte e raciocínios complexos desse e de outra sequência bastante conhecida pelo público.


Crítica por: Raphael Camacho



Branca de Neve e o Caçador

O famoso conto da Branca Neve está em alta. Este ano, estão sendo lançadas diversas produções (televisas e cinematográficas) com o conto da princesa, entre eles os seriados de TV Grimm (sobre os irmãos Grimm) e Once Upon a Time; e os filmes Espelho, Espelho Meu eBranca de Neve e o Caçador.

Mas estas não foram as únicas produções a abordarem o conto. Em 97, foi produzido um filme para TV "Floresta Negra - Branca de Neve Uma História de Terror"; estrelado por Sigourney Weaver e Sam Neill, Entre muitas outras adaptações.
Em Espelho, Espelho Meu; Julia Roberts (Madrasta) e Lily Collins (Branca de Neve) levaram o cômico para as telas. Porém a mais aguardada estreia é de Branca de Neve e o Caçador, que traz um lado sombrio e mágico do conto. Ora respeitando, ora burlando o happy end, mas sem perder o tom fantasioso e sombrio.
Sem esquecer que se trata de uma narrativa em que uma madrasta manda um caçador matar uma princesa, as motivações e meios da tal Madrasta (Charlize Theron) vão além da conquista do primeiro lugar no quesito "mais bela". Sua motivação inicial é a vingança, poder e a imortalidade. A beleza é a desculpa para toda a vingança.
Com belas imagens, que transportam os espectadores a um reino sombrio e perigoso; mas que tem suas belas paisagens, sendo enfatizadas pela fotografia e o uso do verde na natureza.
Charlize Theron brilha como a madrasta má e sua beleza fica mais evidente na tela. Mesclando a bruxaria com vingança, a bela atriz mostra um outro lado seu. Já Kristen Stewart continua inexpressiva e insossa, ficando difícil acreditar que ela seja a mais bela (até mais que Theron), mas sua participação é intercalada com belas sequências e com atuação primorosa de Theron. E finalizando o casting, Chris Hermsworth (o Thor). O ator se desprende do deus do trovão, com um personagem muito semelhante ao anterior, e ainda assim, se destaca por sua leitura do Caçador.
Realizado pelos mesmo produtores de Alice no País das MaravilhasBranca de Neve e O Caçador imprime uma mesma fantasia sombria, sendo fiel à história, ao mesmo tempo em se dá o direito de não seguir ao pé da letra os fatos da história. É uma adaptação interessante do conto - se valendo de belas imagens e da atuação de Theron.

Crítica por: Thais Nepomuceno 

Homens de Preto 3
Quinze anos após o primeiro filme, os Homens de Preto estão de volta.
Foi uma produção problemática e preocupante, que deixou os fãs de cabelos em pé.Após o diretor Barry Sonnenfeld iniciar as filmagens, o roteirista David Koepp('Homem-Aranha') foi chamado às pressas para reescrever grandes trechos do roteiro, inicialmente escrito por Jeff Nathanson ('Prenda-me se For Capaz') e Etan Cohen('Trovão Tropical'). Geralmente, isso significa grandes problemas.
Mas a troca de roteiristas não prejudicou o resultado final: com uma história envolvente e extremamente bem pensada, o enredo consegue fechar as pontas soltas deixadas pelos filmes anteriores, encerrando a história de maneira mirabolante e satisfatória. 'Homens de Preto 3' não só é um filme necessário, como também é tão bom quanto o original.
Desta vez, o agente J (Will Smith) terá que viajar no tempo, e voltará para o ano de 1969, onde tentará impedir o motoqueiro Yaz (Jermaine Clement) de destruir o mundo no futuro. No passado, ele contará com a ajuda do jovem K (vivido por Tommy Lee Jones no presente e Josh Brolin no passado).
O retorno aos anos 60 é muito bem utilizado para inspirar piadas. Tem o visual bizarro dos aliens da época, os problemas com racismo, o movimento hippie e até o icônicoAndy Warhol, que na verdade era um Homem de Preto infiltrado, soltando frases de efeito para enganar seus seguidores e entregando os momentos mais cômicos.
A química entre o trio principal é indiscutível: Will Smith retorna, após quatro anos longe das telonas, e demonstra que continua em sua melhor forma, fazendo rir a todo momento. O carrancudo Tommy Lee Jones segue formidavelmente sem expressões faciais, exatamente como o personagem pede. E Josh Brolin é a grande sensação do elenco: emprestando os trejeitos e voz, ele recria perfeitamente um Tommy Lee Jones jovem. Destaque também para a sempre ótima Emma Thompson, que consegue brilhar em suas poucas cenas.
Homens de Preto 3’ não dá somente um salto no tempo, mas também na qualidade, após um morno segundo filme. Comédia, ação e uma pitada de drama se unem a um espetacular 3D, valendo o preço do ingresso mais caro. Diversão para toda a família.
Crítica por: Renato Marafon

Em Breve Novas Críticas

















































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