O diretor Peter Berg comentou em entrevista à MTV sobre o fracasso do blockbuster 'Battleship - A Batalha dos Mares' comercialmente. O diretor não hesitou em colocar a culpa em 'Os Vingadores'.
"Battleship estourou no resto do mundo, mas fomos bloqueados quando Os Vingadores se recusou a ir embora. Eles ocuparam todas as salas, ficou impossível para Battleship respirar. Gostaria muito de ter estreado três semanas antes de Os Vingadores nos EUA, como no resto do mundo", revelou.
'Battleship - A Batalha dos Mares' custou US$ 210 milhões e arrecadou apenas US$ 63 milhões nos EUA. Mundialmente, fez US$ 235 milhões.
"Gostaria que as pessoas decidirem ir assistir Battleship agora, depois de terem visto Os Vingadores cinco vezes. Se isso acontecer, podemos vamos fazer uma continuação", implora o diretor.
A adaptação é inspirada no jogo de batalha naval da Hasbro, Battleship, que tem no Brasil o similar 'Batalha Naval'.
Peter Berg (Hancock) produz e dirige Battleship - Batalha dos Mares, uma aventura épica de ação que tem início no mar e continua nos céus e em terra, na qual nosso planeta luta pela sobrevivência contra uma força superior desconhecida.
O Dia dos Namorados é uma das datas mais promissoras do calendário capitalista. É com esse intuito que elaboramos um especial sobre os casais que mais amamos no cinema. Antes de adentrar neste especial sobre o amor e a sétima arte, alguns esclarecimentos são necessários. O primeiro ângulo a iluminar é o caráter redutor desta matéria. O panorama de filmes com casais formidáveis é extenso.
Um dos critérios utilizados foi escolher os apaixonados por eixo temático.
Contemplamos filmes de romance da dieta hollywoodiana, além de pérolas do cinema nacional, europeu e um dos temas que geralmente ficam de fora destas seleções: os casais gays, tão em voga na mídia e assunto obrigatoriamente palatável na contemporaneidade. Os amores em desenho animado também estão inclusos. Antes, porém, passearemos brevemente pelo histórico desta data.
Sobre a História do Dia dos Namorados
Comemorado no dia 12 de junho no Brasil, o dia dos namorados em nosso país é uma data correlacionada com o Dia de São Valentim, 14 de fevereiro, marcado pelo incentivo em relação à troca de presentes entre os apaixonados.
De acordo com alguns dados históricos, há séculos atrás, o Imperador Cláudio II havia proibido o casamento durante o período de guerras, alegando que os solteiros eram mais bem sucedidos em combate. Mesmo com a proibição, o bispo Valentimcontinuou realizando casamentos. Um dia, se casou. Até que um dia foi preso e condenado. Considerado mártir pela Igreja Católica, a data da sua morte, 14 de fevereiro, marca a véspera das festas lupercais, que se caracterizam pelos rituais em honra a Juno (a deusa da mulher e do matrimônio) e Pan (deus da natureza). Essa não é a única versão desta história, mas a mais aceita.
No Brasil, o Dia dos Namorados está associado a véspera do dia de Santo Antônio,13 de junho, considerado o santo casamenteiro.
É no embalo desta data que apresentamos este especial sobre casais de apaixonados no cinema. Convido você, caro leitor, a viajar pelas linhas traçadas nos próximos parágrafos, repletas de amor, closes e primeiros planos, exuberantes trabalhos de direção de arte, números musicais, fuga da realidade e muito mais. Ressaltamos que a ideia aqui é abordar 10 casais marcantes no cinema, não os 10 mais marcantes.
Satine e Christian (Moulin Rouge: Amor em Vermelho)
Embalados pela mistura de música clássica e pop, culturas distintas e metalinguagem em altas doses,Moulin Rouge é um musical dirigido pela australiano Baz Luhrmann. O filme entrou para a história por retratar com dignidade o tema do amor romântico, marco da literatura mundial, em especial, a francesa e alemã, também presente no Brasil. Dialogando com A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, Moulin Rouge fala sobre o amor de uma cortesã e um escritor boêmio.
O porquê: a sinceridade da interpretação de Nicole Kidman eEwan Mcgregor colabora com a profusão do amor na tela. Impossível não se apaixonar.
Vivian Ward e Edward Lewis (Uma Linda Mulher)
Considerado como uma adaptação do clássico conto da Cinderela, Uma Linda Mulher nos conta a história de amor entre a prostituta Vivian Ward (Julia Roberts, em excelente performance) e o magnata Edward Lewis (Richard Gere, bastante sedutor).
O porquê: o talento de Julia Roberts, mesclando graça, ingenuidade e sensualidade, somados à presença charmosa de Richard Gere e da trilha sonora, com destaque especial para It Must Have Been Love, do grupo Roxette.
Lady e Vagabundo (A Dama e o Vagabundo)
A cotada animação da Disney é uma linda história de amor e mereceu destaque. Lady e Vagabundo se conhecem após uma inusitada situação na casa onde vive a cadela de raça e o amor triunfa entre ambos.
O porquê: tão charmoso quanto os antecessores Moulin Rouge e Uma Linda Mulher, A Dama e o Vagabundo é engraçado, emocionante e ainda traz uma das cenas mais copiadas da história do audiovisual, vide a foto.
Clementine e Joel (Brilho eterno de uma mente sem lembranças)
O fracasso da relação entre Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) leva o casal a buscar um tratamento experimental para apagar os momentos que ambos viveram entre si. Iniciado por Clementine, Joel decide posteriormente se submeter ao tratamento, decidindo de forma diferente: encaixar a moça em momentos que ela na verdade não esteve presente.
O porquê: mais uma trama com interpretação sincera e fora do padrão “romance de plástico” de Hollywood. A criatividade do argumento torna Brilho eterno de uma mente sem lembranças um filme obrigatório.
Annie Potter e Jack Traven (Velocidade Máxima)
Não é só a direção de Jan de Bont que faz de Velocidade Máxima um sucesso no bojo dos filmes de ação. A graciosa química entre Annie Potter (Sandra Bullock) e Jack (Keanu Reeves) é um dos elementos que tornam o filme charmoso e brilhante. A parceria foi comemorada após 12 anos com o lançamento de A Casa do Lago, deAlejandro Agresti, outra boa opção.
O porquê: o tão citado charme é um dos motivos do sucesso do filme e da alocação nesta lista. Sandra e Keanu estavam em ótimos momentos de suas carreiras e conseguem colocar isso em seus personagens. Uma pena que a dose não se repetiria na continuação desastrosa, intitulada Velocidade Máxima 2.
Alan e Tommy (A Viagem)
Alan é um aspirante a jornalista conservador e Tommy é um advogado gay de espírito aberto. Encontram-se em 1973, enquanto eram adolescentes e mantem a relação até os anos 80. Ao longo do tempo, as suas carreiras opostas e o crescente debate sobre a homossexualidade coloca o amor entre os rapazes à prova. Em algumas cenas, podemos perceber a forte influência de Thelma e Louise, de Ridley Scott.
O porquê: a maneira como o casal enfrente as adversidades ao longo da trajetória é emocionante e nem um pouco piegas. Uma pérola do cinema que merece ser vista por todos.
Dé e Nina (Era Uma Vez...)
Classificados por especialistas como a versãoRomeu e Julieta no asfalto, ou seja, no Rio de Janeiro atual, Era Uma Vez dialoga também com Cidade Partida, de Zuenir Ventura. É a história de amor entre Dé e Nina, que infelizmente, acaba de maneira trágica. Parabéns para a dupla protagonista: Thiago Martins e Vitória Frate.
O porquê: a troca de olhares e o desejo maior de se amar é o motivo da escolha do enredo deEra uma Vez para este especial. O amor entre Nina e Dé é honesto, sincero, visceral e isso fica claro desde os primeiros encontros entre eles.
Kate e Harvey Shine (Tinha Que Ser Você)
Ele, um músico com o emprego em risco. Ela, uma solitária funcionária do Departamento de Estatísticas Nacionais. Narrado de maneira otimista, Tinha que ser você apresenta de forma leve um tema pesado: a dor da solidão. Ponto para o sucesso do casal Emma Thompson e Dustin Hoffman, ambos ótimos.
Carrie Bradshaw e Mr. Big (Sex and The City)
Durante as seis temporadas de Sex and The City, Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker, fabulosa) viveu as incertezas do amor ao namorar com o magnata Mr. Big (Chris Nott). Apesar das idas e vindas e da certa saturação da relação de ambos com a equivocada continuação do Sex and The City 2, o amor dos dois é rodeado de situações divertidas e incertezas que nós, na dita vida real, vivemos cotidianamente. O porquê: o talento de Sarah Jessica Parker em interpretar uma visionária que ainda acredita no amor, mesmo na conjuntura atual de riscos e incertezas. O charme de Mr. Big e os beijos calorosos de ambos merecem destaque nessa galeria.
Jack Twist e Ennis DelMar (O Segredo de Brokeback Mountain)
Jack Twist (Jake Gyllenhaal, carismático) e Ennis Del Mar (Heath Ledger, em excelente desempenho) são dois jovens que se conhecem no verão de 1963, após serem contratados para cuidar das ovelhas de Joe Aguirre (Randy Quaid) em Brokeback Mountain. Ao viverem isolados por semanas, eles se tornam amigos e iniciam um intenso relacionamento amoroso. O porquê: a força que o personagem Ennis Del Mar faz para expressar os seus sentimentos diante da sociedade preconceituosa e sufocante do período merece destaque, junto a bela trilha sonora que embala este amor proibido. Os personagens coadjuvantes, fundamentais adornos, também não ficam para trás.